ANNA,
            Perceber a sutileza das
coisas comuns que nos cercam já é uma virtude e, além disso, transformar essas
coisas comuns em algo que sirva para marcar não somente momentos, mas vidas
inteiras por toda uma eternidade, isso é dom de Deus, um legado cedido a bem
poucos dos mortais que a partir daí se eternizam.
         Você consegue isso em sua poesia.
Transforma a simplicidade em algo ainda mais próximo, mais comum, e a
complexidade da vida em algo possivelmente discursivo,  como se isso fosse sempre possível a todo e
qualquer ser humano.  No entanto, sabemos
que  são poucos os que conseguem captar a
essência das coisas, por mais simples que pareçam ser.
         Sentir-se arrebatado por seus versos e
num súbito momento apropriar-se de cada palavra é se familiarizar  e você consegue fazê-lo com dignidade e
estilo, sem que venhamos perder a noção da realidade, tampouco esquecer quem
nos levou a isto.
         Momentos que passei dedicado às linhas
que escreveu, foram para mim mais que significativos, posso dizer: inspiradores.
Espero que todo leitor ao ter  acesso a
seus versos possam também sentir tocada a alma, aguçadas as lembranças e
renovadas as forças de querer viver sempre, sentindo a essência das coisas que
de tão comuns se tornam próximas e as complexas, comuns, ao ponto de não
parecerem mais tão inatingíveis como antes se apresentaram.
                                 Parabéns
e um grande abraço. Teu amigo:
                                                             Airton Bernardo.
(Este comentário se encontra na obra citada)