quarta-feira, 11 de maio de 2011

O poeta em mim

O poeta em mim
Se esconde
Se responde
E se disfarça.
O poeta em mim
Se transpassa.
Me toma as mãos
A cabeça e o coração.
O poeta em mim
Sente, pensa
Resolve
E escreve.
O poeta em mim
Se olha no espelho
E vê rosto meio a meio.
Na união de pensamentos
O poeta em mim
Fala, chora, e escreve
Como o poeta em mim que vejo
Que é poeta, mas não sabe.

A elas

Mergulho no mais belo inferno
Só para encontrá-las.
São tão belas,
Tão arrumadas...
Vêem tão singulares
Jogando-me olhares
Desejando em meio às tantas outras
Que eu as escolha. Abusadas!
Falam-me aos ouvidos
Deslizam-se até meus dedos
Entrelaçam-se
E insistem até me enlouquecer.
E são tantas que eu preciso,
E tantas a escolher...
E quando me ganham
Querem logo para o papel correr.
Palavras danadas!
Querem mesmo é me usar
E em meio aos papéis de meus poemas
Se eternizar.