sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mais perto

(este é o primeiro poema que escrevi depois da enchente que abalou algumas cidades incluindo a minha. nela não quiz falar sobre o assunto, deixei este para um proximo, neste queria apenas falar sobre sentimentos.)



Os teus olhos profundos como o mar
me levam a pensar
num mistério mais profundo que a razão de viver
se respiro o ar sem ti
Tudo sinto parar
E não há mais nada,
Nada.
Mas ao seu lado uma inquietação me toma nos braços
A ansia toca minhas mãos até tocar-te
A minha respiração corre contra o tempo
querendo chegar sempre mais perto, mais perto...mais perto
até os olhos se fecharem
o seu perfume invadir os meus pulmões como um tornado
e ouvir sua voz como uma mãe, que com saudades esperava por isso [ansiosamente
chegar mais perto até os meus lábios tocarem os teus
até unir tudo que é meu ao que é teu
Até perder a noção de tempo, de espaço...
e poder eternizar
chegar perto até aternizar
mesmo que não o seja, pois é chama, o amor.
Mas chegar mais perto, até eternizar o momento
como uma ferida que cicatriza, mas não se vai nem se esvai.


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